2.11.06

letter (3)

Queridos todos,

Depois de umas semanas de loucura aqui na ilha vieram uns dias de casa portuguesa, que obviamente souberam a pouco, mas que me deixaram recarregar baterias no calor brutal que apanhei e que contrastou logo com o regresso na terça à noite: aterrei e ainda na fila para o táxi tive de abrir a mala e começar a vestir camadas de roupa suficientes para os 2 graus da noite!!! Como estou home alone até domingo deu-me para a observação (bem, não é que não me dê para isso todos os dias, mas enfim...) do alto do meu varadim de 6º andar: a minha rua está a ter passeios novos, sem pastilhas elásticas e sem crateras - gosto! Há menos gruas no horizonte, o recorte da montanha ao fundo da janela da sala está mais nítido do que nunca e o céu continua de um azul impressionante... e sem previsões de chuva até ao final da semana!
Cá por casa, tirando os 2 kgs de castanhas que a mãe Isabel me mandou, a reserva de Porto do pai Eduardo e o sal grosso que trouxe na mala, a despensa está a verdadeira penúria. Para compensar ontem comprei um pão de soda que já não comia há uns 3 ou 4 anos... e que é uma verdadeira delícia. Realmente há prazeres tão pequeninos e tão simples!
Na UCD vive-se o ambiente de segunda-metade-de-semestre: os meus alunos em stress com essays e trabalhos e apresentações, e eu a lutar entre solicitações a 3 frentes, que sim senhor, são um belo desafio, mas há dias em que me apetece gritar que sou só uma e que o meu dia, curiosamente, só tem 24 horas... Deixa-me lá de lamechices que o projecto de facto está a puxar imenso por mim e tenho momentos de me sentir uma privilegiada. Para a semana tenho o primeiro evento cultural cuja preparação esteve também a meu cargo e depois começa de novo a loucura, entre planos de acção cultural que tenho de enviar para Lisboa, exames de Dezembro e burocracias afins...
Novidade fresquinha é a minha próxima visita: de 10 a 14 deste mês vou ter por cá o António, que muda o 'poiso' de emigrante para vir conhecer a ilha. Eu lá vou aproveitar a boleia para mais uns giros coltórais, que isto com companhia estrangeira tem muito mais piada!

beijos e abraços,

Joana


P.S. - Temo que aqui os restos do Halloween sejam como os enfeites natalícios em Portugal, que lá para o verão do ano seguinte, bem desbotadinhos e sarrentos, começam a cair...

1 comentário:

Anónimo disse...

só tu no meio da poeira para limpares os olhos de quem chora e nada vê...boa semana e bom trabalho, que o coração, esse pelos vistos, ainda respira! beijos mil