25.6.08

Mix & Match

1. Regresso
Com o meu voltar à ilha voltou também o Inverno (sai um chorrilho de palavrões...), as botas, a camisola extra e o tempo cinzento.

2. Novidade

Depois de 3 anos e meio de enxaquecas em que era apenas mimoseada com dores de cabeça de sonhar com a guilhotina e vontade de me enfiar num buraco escuro e silencioso, fui agora contemplada com o maravilhoso mundo das náuseas e das tonturas. Vade retrum enxaqueca que tenho uma nova combinação da bomba maravilha.

3. Concentração
Prazos mentais, prazos reais e muito trabalho pela frente. Escolho a secretária em que prefiro quadraturar o rabiosque: casa com obras lá fora a fustigarem-me os ouvidos e a não me deixarem ter sequer a janela aberta ou faculdade, onde o tecto de todo o meu piso e as casas de banho ao lado do meu gabinete estão a ser dinamitadas (juro que soa a isso!).


4. Desconsolo

Salvou-se a garrafa de tintinho português que o meu companheiro de visionamento do desastre trouxe como garantia da sua integridade física... é que envergar uma t-shirt da Alemanha não lhe ia facilitar a vida.

5. Além disto...
...fui ver meio-concerto dos Madness na quinta-feira passada e foi triste, muito triste, tão triste que resolvemos dar preferência a uma passeio a pé pela fair city conversando sobre como não se deve envelhecer :P

2.6.08

letter (17)

Queridos todos,

Amanhã aterro nessa metade da laranja. Uns dias apenas, sempre poucos para o tanto que quero fazer, poucos para o estar que sonho interminável, para quem quero trazer comigo. Sempre poucos, mas meus.
Daqui vive-se uma Primavera soalheira numa cidade que venera qualquer raio de sol inconsequente.
O grosso das minhas actividades entrou em modo de pausa com o final dos exames, e mais relatório menos relatório, os próximos meses, ainda que não de época balnear, estarão virados para compromissos com o meu umbigo.
Esta semana ouvi Sérgio e Palma em ritmo de non-stop e dei por mim melancólica. A pensar nos intraduzíveis que nunca me assustaram e que agora se avolumam no meu dia-a-dia.
Ando particularmente atenta à linguagem. Mais do que é costume. Mais do que os meus habituais preciosismos de personalidade ou defeito profissional. O que se diz, como se diz, que sentidos e mistérios por trás de tudo a que damos sopro de palavra. É uma imensidão que em dias maus me avassala e nos bons, aguça-me a curiosidade.
Tenho a mala feita e um romance que me vai durar bem mais do que as poucas horas de voo.
Que venham daí uns dias de férias mata-saudades, descanso e novidade.

Até já!

Joana